Os 5 tipos de ataques digitais mais comuns
Brasil registrou no primeiro semestre de 2022, 31,5 bilhões de tentativas de ataques digitais, sendo este número apenas relacionado a empresas. | postado em 04/11/2022
De acordo com uma pesquisa recente, o Brasil foi o segundo país da América Latina que mais sofreu tentativas de ataques digitais em 2021, e registrou no primeiro semestre de 2022, 31,5 bilhões de tentativas de ataques digitais, sendo este número apenas relacionado a empresas.
O número é 94% superior em comparação com o primeiro semestre do ano passado, quando foram 16,2 bilhões de registros.
Os números são preocupantes por conta dos danos que estes ataques acarretam, e algumas empresas chegam até a quebrarem ou fecharem as portas por não conseguirem continuar com seus negócios pelo prejuízo que obtiveram com os ataques.
Os 5 tipos de ataques mais comuns
Com toda a tecnologia e transformação digital, diferentes tipos de ataques digitais começaram a surgir, e abaixo listamos alguns:
Phishings
Você já recebeu aqueles e-mails com o assunto “Atualize seus dados.” ou “Parabéns, você ganhou!” ?
Bom, muitos destes e-mails são spams, um tipo de email publicitário que é utilizado para atrair novos clientes para algum tipo de produto ou serviço.
Mas, com o avanço da tecnologia, muitos criminosos começaram a adaptar suas formas de ataques às empresas, e com isso, os spams começaram a ser utilizados de forma inadequada.
Os criminosos copiam os e-mails spam das empresas e inserem links que redirecionam para páginas em que eles podem capturar dados da vítima, como cartões de créditos, senhas, mensagens e muitas outras informações.
Por exemplo, emails como “Parabéns, você ganhou!” que obtiverem links que redirecionam para a inserção dos dados pessoais do usuário podem ser um tipo de phishing.
Geralmente, os phishings dão origem a outros ataques também! Por exemplo, o Ransomware.
Além disso, algumas características do phishing são avaliadas, por exemplo: remetente desconhecido, muitos arquivos dentro do email, muitos links ou links que redirecionam para preenchimento com dados pessoais.
De acordo com a empresa Kaspersky o percentual de usuários brasileiros que tentou abrir pelo menos uma vez links enviados para roubar dados representa 19,9% dos internautas do país.
É necessário sempre a verificação de onde se está inserindo os dados pessoais, verificação do remetente dos e-mails, investimentos em provedores de email com anti-spam e softwares de alerta são essenciais nos dias atuais para evitar ser parte das estatísticas.
Ransomware
O Ransomware é um ataque digital que é efetivado através de spams falsos, que contemplam vírus desenvolvidos para danificar ou prejudicar o computador, servidor e softwares da vítima e que são conhecidos como Malwares.
Através destes emails falsos, só com a abertura do email ou link que ali foi inserido, a empresa já foi exposta ao ataque Ransomware e ao contrário do que se pensa, o ataque não é efetivado no mesmo momento.
Em primeira instância, a abertura do e-mail ou link levará o usuário a uma página qualquer, de forma que o mesmo sequer perceba que está sendo atacado.
Após isso, o hacker começa a utilizar o e-mail e sistemas que o usuário já possui acesso na empresa, e todas as ações sendo efetivadas de forma remota e oculta.
A partir deste ponto, alguns sinais são observados: Aumento de armazenamento do usuário, replicação de arquivos no sistema operacional do computador, paradas constantes no computador ou no mesmo horário em dias atípicos, novas pastas e arquivos e por fim, diversos arquivos criptografados.
O criminoso leva em média 90 dias para aplicar todas estas ações e conseguir sequestrar os dados da vítima e da empresa.
Geralmente, o hacker pede um valor em bitcoin – a moeda mais cara da internet – para estornar os dados da empresa.
A verdade é que, nunca se consegue realizar a recuperação total dos dados, e não é recomendado que se pague o resgate.
Além disso, a empresa pode sofrer com multas aplicadas pela LGPD caso seja comprovado que a empresa não utilizava sistemas de segurança robustos e eficazes que pudessem proteger os dados vazados.
Em uma pesquisa feita pela Forbes, notou-se que pelo menos 30% das empresas encerram suas atividades após um ataque Ransomware.
Spoofing
Spoofing vem do termo em inglês Spoof que significa imitar ou fingir algo, muito utilizado na linguagem de TI para definir falsificação. Geralmente, o spoofing é utilizado para fingir ser algo que não é!
O Spoofing tem como estratégia se passar por sites, bancos, pessoas ou até mesmo um servidor legítimos e através disso, os cibercriminosos roubam as informações confidenciais das empresas.
A diferença entre o Spoofing e o Phishing é que o Phishing é uma metodologia evolutiva do Spoofing. Outra diferença é que o Spoofing possui tipos diferentes de ataques, veja abaixo:
– Spoofing de e-mail
O criminoso se passa por uma empresa ou pessoa com o intuito de roubar os dados e informações.
– Spoofing de DNS
O hacker manipula as conexões de rede da empresa e desvia os acessos do site legítimo para sua cópia, onde obtém de forma rápida as informações e dados dos clientes.
Geralmente, muito utilizado com sites de bancos, uma vez que os dados financeiros em massa podem ser valiosos.
– Caller ID Spoofing
Hoje em dia é comum vermos pessoas postando em suas redes que seu número foi clonado. E é exatamente essa estratégia que o Caller Id Spoofing aplica!
Este ataque é o responsável pela clonagem e invasão dos dados, informações, e-mails e aplicativos de mensagem de muitas pessoas.
Neste tipo em especial, o criminoso consegue clonar o número de telefone da vítima através de outro dispositivo móvel e realiza solicitações de acesso através de SMS, com o acesso liberado o criminoso pode instalar uma diversidade de aplicativos e obter completamente o histórico de mensagens e informações da vítima.
Este ataque também pode ser conhecido por SIM Swap.
Cavalo de Troia
O ataque Cavalo de Tróia é uma imitação da estratégia dos Gregos ao ataque à cidade de Tróia.
Uma guerra de 10 anos foi cravada há muitos anos atrás de acordo com a mitologia grega. A Grécia entrou em conflito com a cidade de Tróia e durante 10 anos tentou de diversas formas realizar uma invasão para conquistar a cidade e nunca obteve sucesso.
Então, de forma sútil, a Grécia fingiu sua rendição perante á guerra e enviou um presente à Tróia como símbolo de “paz”, e um cavalo de madeira de grande estatura foi enviado á eles.
Além disso, o cavalo era oco e continha em seu interior os melhores soldados da Grécia e assim que conseguiram passar as barreiras da cidade de Tróia, invadiram e conquistaram a cidade.
E, desta forma, o ataque foi nomeado de cavalo de tróia, pois o ataque consiste em um aplicativo que aparentemente seja inofensivo ao seu usuário, mas que após a instalação, ele libera de forma sutil malwares (vírus maliciosos) em todo o computador da vítima.
Com este ataque, os cibercriminosos podem agir de duas formas: Ficarem ocultos, apenas coletando as informações e dados durante algum tempo ou atacarem o computador do usuário de uma vez e tomarem o controle da máquina.
Este ataque é um dos mais antigos e um dos primeiros a ser desenvolvidos pelos hackers, com aproximadamente mais de 45 anos sendo utilizado pelos criminosos.
Este tipo de ataque nos remete a importância e essencialidade do cuidado com o tipo de fonte e aplicativo que se pretende instalar na máquina.
Ataque DoS e DDoS
O ataque DoS ou Denial of Service em inglês, ou também conhecido como negação de serviço é o ataque que consiste em uma sobrecarga de pedidos e requisições feitas á um mesmo servidor ou computador de forma que o usuário não consiga utilizar seus recursos. Em outras palavras, o alvo fica tão sobrecarregado que nega serviço.
Apesar deste ataque não ser reconhecido como invasão, ele opera danos e prejuízos nítidos para as empresas por agir diretamente na parada da máquina do colaborador.
Estes ataques geralmente são feitos a computadores e servidores mais vulneráveis e é feito apenas por um hacker através de um computador apenas, diferente do DDoS.
O DDoS consiste no mesmo ataque do DoS, porém, o DDoS consiste no ataque através de um computador mestre que “escraviza” outras máquinas que possui acesso e assim, induz com que as mesmas acessem o mesmo recurso de um servidor ao mesmo tempo, causando sobrecarga.
Por essas máquinas serem escravizadas por este computador, na área de TI elas são conhecidas como Zumbis!
O grande fator de danos através destes dois ataques é a parada do servidor e dos computadores de uma empresa, forçando a parada de operações da mesma.
Conclusão
Atualmente no mercado, encontramos diversas soluções que auxiliam a impedir os ataques digitais listados acima e não é dispensável nenhuma forma de aplicação de barreira de segurança.
Barreiras de segurança são importantes para a prevenção de ataques e diminui consideravelmente as probabilidades do ataque ser concretizado, mas não podem ser garantidas 100% de efetividade contra os criminosos.
Uma empresa especializada e um bom plano de disaster recovery consiste em não permitir que a empresa pare suas operações durante e após um ataque digital.
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